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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Noé vitorioso na separação

 Extraído do Livro MENSAGENS REVELADAS - Volume 2 -  Pág: 34

 - Bispo Emir Castro de Macedo

Noé vitorioso na separação

 “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem.”  Lucas 17:26

            Antes do dilúvio, que foi o desencadeamento do julgamento divino, a carreira de estrangeiro na terra havia terminado para Enoque, que fora transladado para o céu. Ele fora levado antes que a maldade humana tivesse atingido o seu auge (máximo). Esse acontecimento exerceu pouca influência sobre o mundo de então, pois a Bíblia fala da corrupção do gênero humano. Em Gênesis 6:2, lemos: “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram”.

            Aí está consumada a mistura daquilo que é de Deus com o que é do homem, uma forma especial do mal e, consequentemente, um instrumento eficiente nas mãos de Satanás para manchar o testemunho de Cristo e Sua obra redentora na terra. O lamentável é que esse tipo de apostasia pode, frequentemente, ter a aparência de algo muito agradável, mas, na realidade, produz o pleno abandono da influência divina.

            Separação de todo o mal é o princípio de Deus; e esse princípio nunca pode ser violado sem grave prejuízo para a verdade. Nada se ganha quando o povo de Deus se mistura com os filhos do mundo; ou quando a verdade divina é corrompida pela mistura humana. Não vamos, meus amados, ter participação no sistema – a besta. Devemos estar precavidos quanto a isto. Não se pode comprometer a verdade. Tenhamos como exemplo o resultado desta união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens.

            A união ilícita entre o que é santo e o que é profano, entre o que era divino e o que era humano, teve o efeito de elevar o mal ao máximo e provocar o consequente juízo de Deus.

            É urgente a necessidade de haver inteira destruição daquilo que havia corrompido o caminho de Deus na terra. (Jesus disse: EU SOU o caminho, a verdade e a vida”).

            O Senhor anuncia a salvação para Noé: “Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora”.

            Deus revelou a Noé Seus pensamentos quanto ao que ocorria à sua volta. Noé sabia que as necessidades do homem não podem ser supridas de forma a contradizer a Palavra de Deus.

            Hebreus 11:7 “Pela fé, Noé divinamente instruído...” Noé não precisou ver para crer – Romanos 10:17. Entrou em ação. Quando se tem a Palavra de Deus como base das convicções, pode-se suportar a oposição da opinião e dos preconceitos humanos. Foi a Palavra de Deus que fortaleceu o coração de Noé durante a sua longa carreira de serviço, mesmo em face das contradições existentes.

            Pela Palavra, Noé resistiu ao escárnio do mundo infiel, perseverou em testificar do juízo futuro quando ainda nem sequer uma nuvem tinha aparecido no horizonte do mundo.

            Os tempos trabalhosos atuais são os mesmos. Estão em plena evidência as fantasias de Satanás e os arranjos humanos. Deixemos a ruína do homem e vivamos segundo os desígnios eternos daquele que se deu por nós na cruz do Calvário. Ele é a nossa Arca.

            “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” – Mateus 24:37.

            Noé construiu a arca e nela entrou – Gênesis 7:1. Podemos ver Noé e sua família, bem como os animais, entrarem na arca. O Senhor guardava a porta. Ninguém poderia entrar na arca nem sair dela sem sua permissão. O Senhor fechou a porta por fora. Quem pode abrir o que Deus fecha? Ninguém. Essa porta tinha sido fechada pela mesmíssima mão que havia aberto as janelas do céu e rompido as fontes do abismo. Assim, lemos de Cristo como Aquele que tem a chave de Davi; o que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre – Apocalipse 3:7. “Ele tem em sua mão as chaves da morte e do inferno” – Apocalipse 1:18. Nele, o crente está perfeitamente seguro.

Dentro da arca, misericórdia; fora da arca, justiça. Quem poderia tocar em Noé? Que onda poderia penetrar nessa arca, que era betumada por dentro e por fora?

            Quem intentará acusação contra os eleitos do Senhor? Pensemos naqueles que estavam fora da arca. Sem dúvida, olhavam com ansiedade aquele vaso de misericórdia, à medida que ele se elevava com as águas; mas ah! A porta havia sido fechada – o dia da graça tinha terminado. A mesma mão que havia fechado Noé na arca, tinha-os deixado fora. Estavam irremediavelmente perdidos, enquanto os de dentro da arca estavam eficientemente salvos. As coisas temporais tinham absorvido os de fora da arca.

            Estamos chegando ao fim. As represas, por meio das quais o homem procura cuidadosamente deter a torrente da vileza humana, terão em breve de ceder caminho à força esmagadora do Evangelho. Como nos dias de Noé. O testemunho havia sido dado: o fim de toda a carne é vindo perante a face do Senhor. Não era vindo perante a face do homem; e sim perante a face de Deus.

            Agora é tudo graça – II Coríntios 6:2, II Coríntios 5:19. Eis agora o tempo aceitável. Agora, reconciliação; em breve, julgamento. Agora, Deus perdoa o pecado por meio do sacrifício no Calvário; depois, punição no inferno, e isto para sempre.

            Que possamos ver, pela fé, Noé ocupado na construção da arca; depois, em segurança nela. Que sejamos livres da influência de opiniões preconcebidas, para compreendermos o verdadeiro caráter dos dias que precederão imediatamente a vinda do Filho do homem. Curvemo-nos reverentemente perante a Escritura Sagrada porque Deus está sempre pronto a abandonar o lugar de juízo e entrar no lugar de misericórdia, porque se compraz nela. Que Deus dirija o nosso coração no Seu amor, e na paciência de Cristo.

Noé edificou o altar onde, antes, tudo havia sido uma cena de morte e juízo. A arca tinha conduzido Noé e sua família em segurança por cima das águas do julgamento. Conduziu-o do velho para o novo mundo, onde agora ele toma o seu lugar como adorador do Senhor. Com sabedoria, a fé de Noé passou da arca para o Deus da Arca. Da arca de madeira nunca mais se ouviu falar; não dedicou nem um derradeiro olhar para considerá-la um objeto de veneração ou culto. Contudo, edificou um altar ao Senhor e adorou-o. A arca não podia deixar de ser uma ordenação de Deus para ser um instrumento do diabo. Hoje, que tristeza, se fala mais da cruz de madeira do que no Cristo que foi nela pregado. Por favor, saibamos discernir para não errarmos. Nós o adoramos – Cristo, a nossa Arca – em Espírito e em verdade. Está dentro de nós. Não pelo esforço humano, e sim pelo poder da Palavra e do Espírito.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Exortação à Igreja

 Extraído do Livro MENSAGENS REVELADAS - Volume 2 -  Pág: 55

 - Bispo Emir Castro de Macedo

Exortação à Igreja

Nestes dias calamitosos, há muitos corações confusos. Eles tentam encontrar uma solução rápida e fácil; ignorando os preceitos divinos, sua paciência, sua infinita sabedoria e o intenso cuidado como Pai celestial pelos filhos. Os homens buscam o auxílio dos outros homens e, nada encontrando, buscam as forças do mal, envolvendo-se nas malhas do maligno. Entretanto, a Palavra de Deus, que não falha, nos afirma que Satanás é um inimigo derrotado. O Senhor Jesus Cristo o derrotou na cruz do Calvário, morrendo em nosso lugar. Não existe maior amor do que este. Os que dão crédito à mentira e ao engano são adeptos do adversário que é chamado pai da mentira. As armadilhas começam com o descrédito à Bíblia, a crítica à verdadeira obra da Palavra e do Espírito. Para onde iremos nós, Senhor, bradavam angustiados os discípulos, se só tu tens palavras de vida eterna? Sim, amado, para onde iremos? Somente Ele dá paz, sossego, tranquilidade e perdão completo de todas as nossas faltas.

            “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” – Romanos 8:1.

            O livramento dos males do presente século vem através de uma só pessoa: Jesus Cristo, o único Senhor e Salvador. Felizes são os que NELE confiam. Não devemos exigir do Senhor um dilúvio de emoções. Não nos aproximemos dele com um juízo previamente formado a respeito daquilo que desejamos e determinamos, porque Deus sabe melhor do que nós, o que nos deve dar. Aceitemos mansamente o que Ele julgar melhor. Paulo teve tão admiráveis manifestações de coisas espirituais, que necessitou de um espinho na carne para não se exaltar e entender que em tudo devia dar graças.

Em II Coríntios 12, o apóstolo Paulo narra sua forte experiência nesse sentido. Nos versículos 1-6, ele diz que Deus o levou ao terceiro céu, deu-lhe visões e revelou-lhe o mistério da Sua vontade e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. No versículo 7, lemos: “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte”. Paulo, por três vezes, orou a Deus, pedindo-lhe que tirasse aquilo, ao que Deus lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Graça abundante na fraqueza não é esperar que o Senhor tire o espinho da carne, e sim que aumente a comunhão com Ele – o transbordar de graça. Que glória! Paulo reconheceu então que quando era fraco, aí é que era forte, pois o poder de Deus podia operar nele (versículo 10), vivendo inteiramente na dependência de Deus.

            O Senhor nos livre do orgulho espiritual e da exaltação e satisfação do ego.

            O crente ególatra é habitado pela carne e pelo Espírito, e nunca permite a plenitude do Espírito. A vida do “eu” protesta clamorosamente contra a plenitude do Espírito da Palavra e se opõe à inteira submissão de nossa vida ao Senhor. O egoísmo é a fortaleza da carne. O que o Espírito mais deseja é aquilo ao que a carne mais resiste. Permitamos, de uma vez para sempre, amados, que a selvagem, perturbadora e apaixonada resistência do “eu”, seja esmagada pela mão poderosa do Senhor Jesus.

            Que maravilhoso será o dia em que, compungidos pelo Espírito da Palavra, pudermos dar o seguinte brado de vitória, despojando o Ego de sua posição de domínio: “Senhor Jesus, eu abraço a tua vontade para sempre, renunciando a todos os meus planos e propósitos, todos os meus desejos e esperanças. Leva de mim tudo o que precisares. Manda-me o que desejares que venha. Conduza-me para onde quiseres. Revela-me tudo o que achares que eu deva abandonar, capacitando-me para a ação da vitória. Eis-me presente para fazer a Tua vontade que conheço e não ultrapassar os limites da Tua poderosa Palavra que é perfeita e suficiente. Amém!”

            Quantos erram, rebelando-se e não reconhecendo aqueles que foram dotados da autoridade divinamente instituída por Deus para conduzir o rebanho do Senhor nos princípios de obediência de sua poderosa Palavra. O exemplo de Judas Iscariotes que, rebelando-se a troco de dinheiro contra a autoridade divina, pôs a sua confiança numa corda fraca, ficando por algum tempo pendurado entre o céu e a terra, enquanto as traiçoeiras rochas pontiagudas o esperavam ansiosamente para despedaçar o seu corpo e sua carne, que não se deixaram dominar pelo poder da Palavra. Jesus foi pendurado entre o céu e a terra. Desceu à sepultura, deu o brado de vitória sobre o inferno e a morte. Levantou a pedra com o selo do governo romano que procurava mantê-lo embaixo; e é a Pedra Angular da igreja. Ele nos selou com o seu Santo Espírito. Que diferença!

            A nossa postura deve ser confiar nele, certo de que Ele reside em nós. Deixemos que o Espírito Santo trabalhe em nós até que Ele possa trabalhar por nós, reconhecendo que o ouro só pode ser distribuído com real valor, depois de purificado das escórias. Quando o homem velho é expulso, o novo é introduzido.

            Amados, não permitamos que a nossa vontade para submissão seja um processo, mas um ato definitivo, realizado de uma vez para sempre, e, como tal, satisfazendo a Deus. Sigamos o exemplo do patriarca Jó que, num só dia, tornou-se um homem arruinado. Ele não sabia da vontade permissiva de Deus, todavia, após perder as riquezas e os filhos (Jó 1:13 19), sua reação foi: “... então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, raspou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei. O senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!” – Versículos 20 e 21. O segundo assalto de Satanás foi contra a saúde de Jó, atacando-o com tumores malignos desde a planta dos pés ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se, provocando o descontrole total de sua mulher, levando-a a uma nefasta reação contra Deus, sugerindo que Jó amaldiçoasse a Deus e morresse. Novamente, Jó resiste, não pecando com os seus lábios – Jó 2:1. Finalmente, foi abandonado pelos amigos que o acusam de pecado. Contudo, no capítulo 17:3, encontramos algo maravilhosíssimo: “Dá-me, pois, um penhor, sê o meu fiador para contigo mesmo”.

            Em Jó 42:5-6, já completamente esvaziado, no “ponto zero”, viu, como pela revelação, Jesus, e, como não se rebelou, pôde experimentar a vitória, o coroamento das provações – Jó 42:10.

            Sábio é aquele que usa o seu vaso de prata como se fosse barro. Não menos sábio é aquele que usa o seu vaso de barro como se fosse de prata.

            O interior de Jó se fortalecia, enquanto o exterior se corrompia.

Reflexões Bíblicas.

 Estudo Inédito do Bispo Emir Castro de Macedo JFMG,05nov25  Reflexões Bíblicas. O fogo do Espírito Santo “Eu vos batizo com água, par...