Extraído do Livro MENSAGENS REVELADAS - Volume 2 - Pág: 34
- Bispo Emir Castro de Macedo
Noé vitorioso na separação
“Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem.” Lucas 17:26
Antes do dilúvio, que foi o desencadeamento do julgamento divino, a carreira de estrangeiro na terra havia terminado para Enoque, que fora transladado para o céu. Ele fora levado antes que a maldade humana tivesse atingido o seu auge (máximo). Esse acontecimento exerceu pouca influência sobre o mundo de então, pois a Bíblia fala da corrupção do gênero humano. Em Gênesis 6:2, lemos: “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram”.
Aí está consumada a mistura daquilo que é de Deus com o que é do homem, uma forma especial do mal e, consequentemente, um instrumento eficiente nas mãos de Satanás para manchar o testemunho de Cristo e Sua obra redentora na terra. O lamentável é que esse tipo de apostasia pode, frequentemente, ter a aparência de algo muito agradável, mas, na realidade, produz o pleno abandono da influência divina.
Separação de todo o mal é o princípio de Deus; e esse princípio nunca pode ser violado sem grave prejuízo para a verdade. Nada se ganha quando o povo de Deus se mistura com os filhos do mundo; ou quando a verdade divina é corrompida pela mistura humana. Não vamos, meus amados, ter participação no sistema – a besta. Devemos estar precavidos quanto a isto. Não se pode comprometer a verdade. Tenhamos como exemplo o resultado desta união entre os filhos de Deus e as filhas dos homens.
A união ilícita entre o que é santo e o que é profano, entre o que era divino e o que era humano, teve o efeito de elevar o mal ao máximo e provocar o consequente juízo de Deus.
É urgente a necessidade de haver inteira destruição daquilo que havia corrompido o caminho de Deus na terra. (Jesus disse: “EU SOU o caminho, a verdade e a vida”).
O Senhor anuncia a salvação para Noé: “Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora”.
Deus revelou a Noé Seus pensamentos quanto ao que ocorria à sua volta. Noé sabia que as necessidades do homem não podem ser supridas de forma a contradizer a Palavra de Deus.
Hebreus 11:7 – “Pela fé, Noé divinamente instruído...” Noé não precisou ver para crer – Romanos 10:17. Entrou em ação. Quando se tem a Palavra de Deus como base das convicções, pode-se suportar a oposição da opinião e dos preconceitos humanos. Foi a Palavra de Deus que fortaleceu o coração de Noé durante a sua longa carreira de serviço, mesmo em face das contradições existentes.
Pela Palavra, Noé resistiu ao escárnio do mundo infiel, perseverou em testificar do juízo futuro quando ainda nem sequer uma nuvem tinha aparecido no horizonte do mundo.
Os tempos trabalhosos atuais são os mesmos. Estão em plena evidência as fantasias de Satanás e os arranjos humanos. Deixemos a ruína do homem e vivamos segundo os desígnios eternos daquele que se deu por nós na cruz do Calvário. Ele é a nossa Arca.
“Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” – Mateus 24:37.
Noé construiu a arca e nela entrou – Gênesis 7:1. Podemos ver Noé e sua família, bem como os animais, entrarem na arca. O Senhor guardava a porta. Ninguém poderia entrar na arca nem sair dela sem sua permissão. O Senhor fechou a porta por fora. Quem pode abrir o que Deus fecha? Ninguém. Essa porta tinha sido fechada pela mesmíssima mão que havia aberto as janelas do céu e rompido as fontes do abismo. Assim, lemos de Cristo como Aquele que tem a chave de Davi; o que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre – Apocalipse 3:7. “Ele tem em sua mão as chaves da morte e do inferno” – Apocalipse 1:18. Nele, o crente está perfeitamente seguro.
Dentro da arca, misericórdia; fora da arca, justiça. Quem poderia tocar em Noé? Que onda poderia penetrar nessa arca, que era betumada por dentro e por fora?
Quem intentará acusação contra os eleitos do Senhor? Pensemos naqueles que estavam fora da arca. Sem dúvida, olhavam com ansiedade aquele vaso de misericórdia, à medida que ele se elevava com as águas; mas ah! A porta havia sido fechada – o dia da graça tinha terminado. A mesma mão que havia fechado Noé na arca, tinha-os deixado fora. Estavam irremediavelmente perdidos, enquanto os de dentro da arca estavam eficientemente salvos. As coisas temporais tinham absorvido os de fora da arca.
Estamos chegando ao fim. As represas, por meio das quais o homem procura cuidadosamente deter a torrente da vileza humana, terão em breve de ceder caminho à força esmagadora do Evangelho. Como nos dias de Noé. O testemunho havia sido dado: o fim de toda a carne é vindo perante a face do Senhor. Não era vindo perante a face do homem; e sim perante a face de Deus.
Agora é tudo graça – II Coríntios 6:2, II Coríntios 5:19. Eis agora o tempo aceitável. Agora, reconciliação; em breve, julgamento. Agora, Deus perdoa o pecado por meio do sacrifício no Calvário; depois, punição no inferno, e isto para sempre.
Que possamos ver, pela fé, Noé ocupado na construção da arca; depois, em segurança nela. Que sejamos livres da influência de opiniões preconcebidas, para compreendermos o verdadeiro caráter dos dias que precederão imediatamente a vinda do Filho do homem. Curvemo-nos reverentemente perante a Escritura Sagrada porque Deus está sempre pronto a abandonar o lugar de juízo e entrar no lugar de misericórdia, porque se compraz nela. Que Deus dirija o nosso coração no Seu amor, e na paciência de Cristo.
Noé edificou o altar onde, antes, tudo havia sido uma cena de morte e juízo. A arca tinha conduzido Noé e sua família em segurança por cima das águas do julgamento. Conduziu-o do velho para o novo mundo, onde agora ele toma o seu lugar como adorador do Senhor. Com sabedoria, a fé de Noé passou da arca para o Deus da Arca. Da arca de madeira nunca mais se ouviu falar; não dedicou nem um derradeiro olhar para considerá-la um objeto de veneração ou culto. Contudo, edificou um altar ao Senhor e adorou-o. A arca não podia deixar de ser uma ordenação de Deus para ser um instrumento do diabo. Hoje, que tristeza, se fala mais da cruz de madeira do que no Cristo que foi nela pregado. Por favor, saibamos discernir para não errarmos. Nós o adoramos – Cristo, a nossa Arca – em Espírito e em verdade. Está dentro de nós. Não pelo esforço humano, e sim pelo poder da Palavra e do Espírito.
Glória Deus
ResponderExcluirQue possamos fortificar nossa fé a cada dia, e que somente o nosso Senhor seja primicia até o arrebatamento.
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